Durante a 59ª assembleia da Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban), a Visa divulgou os resultados da terceira edição anual do seu Índice de Capital de Giro de Empresas em Crescimento para a América Latina. O levantamento mostra que a adoção de soluções digitais, inteligência artificial e cartões de pagamento tem ajudado empresas de médio porte da região a reduzir incertezas financeiras e transformar a volatilidade do mercado em vantagem competitiva.

De acordo com o índice, organizações com faturamento anual entre US$ 50 milhões e US$ 1 bilhão alcançaram, em média, uma economia de US$ 22,6 milhões por meio da gestão mais eficiente do capital de giro — valor superior à média global, estimada em US$ 19 milhões. Esse montante representa cerca de 5% do faturamento dessas empresas. Do total, 53% estão reinvestindo as economias para antecipar pagamentos a fornecedores, enquanto 62%, o segundo maior percentual do mundo, utilizam IA para otimizar processos ligados ao capital de giro.
O Índice de Capital de Giro da Visa foi elaborado a partir das respostas de quase 1.500 CFOs e tesoureiros, distribuídos por 10 setores de mercado e 23 países, incluindo Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. O relatório evidencia como as empresas estão ajustando suas estratégias financeiras, adotando tecnologias e ampliando a integração de pagamentos para ganhar eficiência e previsibilidade de caixa.
“Os líderes financeiros da América Latina e do Caribe estão redefinindo o conceito de resiliência, ao otimizar soluções de capital de giro para impulsionar um crescimento sustentável. Por meio de ferramentas de IA e pagamentos digitais, eles transformam suas estratégias financeiras, ganhando agilidade, inovação e velocidade para se manterem à frente na economia atual”, afirma Jose Luis Gonzales, líder de Soluções Comerciais da Visa América Latina e Caribe.
Principais conclusões sobre a América Latina
- Alta intenção de adoção: 97% das empresas pretendem implementar soluções de capital de giro no próximo ano, incluindo 37% que devem recorrer a ferramentas flexíveis sob demanda, como cartões comerciais e cartões virtuais.
- Volatilidade como vantagem competitiva: 27% utilizam essas soluções para investimentos estratégicos e modernizações, enquanto 5% as usam para aproveitar oportunidades inesperadas de crescimento.
- IA amplia a visibilidade do caixa: 62% das empresas que usam inteligência artificial o fazem para melhorar previsões, automatizar tarefas e integrar fornecedores.
- Mais eficiência nos pagamentos: 52% dos fornecedores já estão integrados aos sistemas de pagamento das empresas analisadas, e apenas 7% ainda enfrentam necessidades financeiras imprevisíveis. Além disso, 41% das faturas passaram a ser pagas antes do vencimento.
- Demandas prioritárias: As empresas buscam soluções rápidas, flexíveis e personalizadas. A gestão simplificada de contas é prioridade para 26%, enquanto 18% apontam a IA e ferramentas de previsão como foco.
- Setores com maior adoção: Agronegócio (87%), viagens corporativas (85%), mídia e tecnologia (81%) e saúde (80%).
- Avanço do índice em 2025: A pontuação da América Latina subiu de 54 para 57, impulsionada por uma redução de 60% na incerteza do fluxo de caixa e um aumento de 20% na integração de pagamentos a fornecedores.
- Motivos para adoção de cartões comerciais: Acelerar a liquidação (46%), obter dados transacionais mais completos (36%), reduzir processos manuais (35%) e acessar descontos e recompensas (34%).
O levantamento reforça que a combinação entre pagamentos digitais, inteligência artificial e maior integração financeira está redesenhando a gestão do capital de giro na região, abrindo espaço para novos níveis de eficiência, controle e crescimento sustentável.
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